Certamente você já ouviu falar em algum momento na campanha Maio Amarelo e muitos são os motivos que tornam necessário refletirmos sobre ela. A cor amarela deixa visível  o objetivo de chamar a atenção de todas as pessoas para o número de mortes no trânsito, e dessa forma, reduzi-las.

Esse movimento internacional de conscientização já surgiu há mais de dez anos. Conheça a história por trás da campanha, entenda a sua importância e confira também quais medidas os diferentes órgãos adotaram para promover a segurança no trânsito.

Segurança no Trânsito: dados mostram cenário preocupante

Em 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um estudo que contabilizou 1,3 milhão de mortes decorrentes de acidentes de trânsito em todo o mundo apenas naquele ano. O levantamento considerou dados de 178 países.

A Resolução ONU n° 2 de 2009, editada em 2010 na Assembleia-Geral das Nações Unidas, deu origem a um movimento com a finalidade de reduzir o número de mortes por sinistros de trânsito e definiu o período de 2011 a 2020 como a “1ª Década de Ação pela Segurança no Trânsito” . Assim, surgiu em 2014 o movimento Maio Amarelo, criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (instituição social sem fins lucrativos).

Passado algum tempo, novas informações foram compartilhadas: em 2021, o número de mortes no trânsito foi de 1,19 milhão. A maioria das ocorrências se deu em países subdesenvolvidos. Ou seja, apesar da redução, não há como negar que o problema persiste em uma escala global.

Isso justifica a existência de campanhas que buscam tornar o trânsito mais seguro para todos. Afinal, além de colocar a vida de outros motoristas e passageiros em risco, as infrações ao volante também oferecem perigo para condutores de motos, ciclistas e pedestres, que fazem parte de um público mais vulnerável.

Acidentes de Trânsito no Brasil

Ao considerar dados de sinistros ao volante ocorridos no Brasil, nosso país é o terceiro com mais mortes de trânsito, ficando atrás apenas da Índia e da China, ainda segundo dados levantados pela OMS. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), diante dessa realidade alarmante, lançou a Campanha Maio Amarelo deste ano com o tema: “A paz no trânsito começa por você.”

Isso é especialmente verdade considerando que são inúmeros os fatores que colocam em risco a vida das pessoas nas ruas. Alguns deles podem ser evitados com medidas simples, como dirigir com atenção redobrada sob forte chuva ou neblina e acompanhar os boletins meteorológicos e alertas da defesa civil ao fazer um deslocamento, principalmente em um local desconhecido.

Mas é importante lembrar como há determinadas ocorrências que se manifestam com uma maior frequência, passando por aquelas que envolvem excesso de velocidade, consumo de bebidas alcoólicas e até mesmo o uso de celular ao volante, infrações estas que colocam em risco o condutor e outras pessoas no trânsito.

Você sabia, por exemplo, que o uso do celular ao volante aumenta em 400% a probabilidade de ocorrer uma colisão? Apesar disso, os sinistros relacionados ao uso dos aparelhos celulares já são uma das principais causas de morte aqui no Brasil. Em 2021, mais de 250 mil motoristas foram flagrados utilizando o aparelho no trânsito, segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).

Caminhos para a redução de mortes e lesões no trânsito

A prática mostra como menosprezar a gravidade de qualquer violação no trânsito pode ser fatal. Ainda há muitas outras infrações que se mostram decisivas, chegando a responder por boa parte dos casos de sinistros registrados nas vias. E isso nos leva, novamente, a refletir sobre os caminhos para mudar esse cenário.

O Ministério dos Transportes, desde 2018, coordena o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). Ele engloba 154 ações voltadas para motoristas, mas também atua em diversas frentes e está alinhado com as diretrizes das Nações Unidas para a “Nova Década Mundial de Ações para Segurança no Trânsito”, que teve início em 2021 e vai até 2030.

Um dos destaques é que esse plano nacional tem o potencial de salvar pelo menos 86 mil vidas até 2028. E como seria possível fazer isso? Indo além do enfoque em atendimento de emergências e fiscalização nas vias e rodovias. 

Por esse motivo, o Pnatrans engloba outros pilares, como a gestão da segurança no trânsito, implementação de medidas para tornar as vias mais seguras, projetos de segurança veicular e até mesmo educação no trânsito, o que mostra como a conscientização passa por muitas etapas e circula entre diferentes públicos, incluindo crianças e adolescentes.

Você já conhecia a campanha Maio Amarelo? Sabia da gravidade do uso de celular ao volante? Para mais informações relevantes sobre o trânsito no Brasil, siga a Procondutor nas Redes Sociais e acompanhe todas as novidades.